segunda-feira, 3 de maio de 2010

Santos sempre Santos?

Para começar meu blog gostaria de debater sobre um assunto polêmico: futebol. Calma, santistas! Antes de me apedrejarem já me identifico como torcedor do time de Vila Belmiro. Meu questionamento não é apenas em relação ao Santos; é a respeito de toda a estrutura do futebol brasileiro. Após a conquista do Paulistão será que os "Menino da Vila" se manterão ou já estão preparando o passaporte com destino à Europa? O mesmo vale para qualquer equipe brasileira que tenha atletas de qualidade.
A janela européia tem sido o terror das torcidas brasileiras. Os clubes do velho continente costumam arrebatar talentos de nossos gramados sem qualquer resistência. Não gostaria de chamar os atletas de mercenários, afinal qualquer ser humano que recebe uma proposta melhor, acaba trocando seu local de trabalho. Então, como poderíamos reverter tal situação, já que nossos clubes não têm como competir financeiramente com o poderio de um Chelsea ou de um Real Madrid?
Em muitos casos é um excesso de romantismo pensar em segurar jogadores como Kaká quando foi para o Milan. Por outro lado, será que o Brasil é tão mais desinteressante que clubes da Turquia e Ucrânia?
Da forma como está estruturada nossa Liga a resposta é sim. Os clubes se tornaram verdadeiras "fazendas coletoras" de jogadores e exportam suas respectivas "commodities". No exterior, a matéria-prima é trabalhada e "industrializada". Como? Em forma de venda de transmissão e produtos para o mundo inteiro. No ano passado, andando por bancas na Avenida Paulista, deparei com "cards" da Liga dos Campeões. Se nossa liga fosse mais forte e interessante poderíamos vender "cards" do Brasileirão. Por que não? Assim como direito de transmissão de nosso campeonato para o mundo inteiro. Fica uma reflexão: será que o futebol não é o resultado de relações presentes na sociedade brasileira como um toso?

2 comentários:

  1. Oi profe seja bem vindo ao cyber mundo dos blogs, este em especial terei de mandar o link para o meu pai. Este sim será um leitor digno de um debate de tirar o chapéu!!!
    Abraços

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  2. Prof. Ricardo,
    A possibilidade de que Neymar, Ganso e outros bons jogadores, como Wesley e André, assim como de outros clubes, como Dentinho, do Corinthians, Victor do Grêmio e Hernanes do São Paulo continuem jogando no Brasíl é remota.
    A visão empresarial dos dirigentes do futebol brasileiro é muito curta. Não há praticamente diferença de mentalidade entre os times de várzea e o clube dos 13, com raras exceções, tendo como exemplo maior a CBF.
    O conceito vigente ainda é o da capitania hereditária, ou seja, exportar matérias-primas a serviço do neo-colonialismo global.
    Satoru

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