segunda-feira, 10 de maio de 2010

Em quem votar ou como votar?

Dois projetos levam o favoritismo nas eleições presidenciais. Um tendo à frente a candidata Dilma Rousseff do PT e outro representado por José Serra do PSDB. Um eleitor mais atento e procurando informções pode (e deve) perguntar a respeito das outras candidaturas. A mídia ainda menciona Marina Silva do PV com bem menos destaque que os outros dois. Certamente não serão apenas os três; pelo menos o PSOL lançará seu candidato e provavelmante será Plínio de Arruda Sampaio, além de outros partidos.
Com essa gama de projetos, o eleitor se pergunta em quem votar. Tal pensamento tem seus perigos, uma vez que faz com que a pessoa vote por simpatia pessoal. Quando votamos, depositamos aprovamos todo um projeto e não apenas o candidato. Ao iniciar a campanha eleitoral, o brasileiro tem que ter consciência a respeito do país que quer. Isso envolve as mais diferentes esferas abarcadas pelo poder público: saúde, educação, transportes, meio-ambiente, programas sociais, índices econômicos e tantos outros temas. Tendo em mente todos esses assuntos, o passo seguinte é comparar os projetos e ver qual deles se enquadra em seu pensamento. Também é fundamental, em caso de pessoas que já ocuparam cargos em governos, ver como foi sua atuação.
Mais do que a eleição em si, um debate qualitativo é o que garante o florescimento da democracia. Chega de debates sem qualquer fundamento que proliferam nos meios de comunicação! Somente o voto embasado e a participação popular podem tornar o Brasil o país que todos queremos.

Um comentário:

  1. Prof. Ricardo,

    É sempre bom lembrar que Serra foi o superministro do planejamento, no segundo mandato FHC, que levou o Brasil à falência, seja por conta das privatizações irresponsáveis e entreguistas, seja pela gestão da política econômica neo-liberal pseudo-ortodoxa, que levou o Brasil à falência.

    Ao final do segundo mandato de FHC, em 2002, o Brasil estava quebrado, não resistiu a crises menores como a da Rússia e do México.
    Para manter o câmbio artificialmene fixo R$ 1 = U$ 1, exauriu as reservas deixada pelo governo Itamar, e além disso produziu uma dívida externa de U$ 180.bilhões.

    Para que o risco país, que estava em 2.400 pontos, não fosse para a extratosfera, as reservas cambiais negativas foram cobertas mediante empréstimo do FMI, de U$ 40.bilhões.

    Produziu o apagão elétrico, o maior índice de desemprego da história do país, desativou várias ferrovias, e concentrou o monopólio das teles, que antes eram de 27 estatais, na mão de apenas quatro empresas privadas e, o pior, estrangeiras: Telefônica, Telmex, Portugal Telecon e Nec.

    Estas privatizações, que poderiam ter sido feitas com empresas brasileiras, pois foram todas financiadas com dinheiro do BNDES e dos fundos de pensão, evitariam o que teremos que amargar nos próximos anos, ad eternun: UM DÉFICIT U$ 40.BILHÕES TODO ANO, em transações correntes.

    Se as privatizações fossem feitas para empresas brasileiras, não estaríamos amargando este enorme déficit de U$ 40.bilhões/ano em transações correntes.

    Dilma, ao contrário, enquanto ministra de minas e energias investiu pesado em pesquisa, que produziu o êxito da descoberta das reservas do pré-sal, doando ao Brasil o maior patrimônio petrolífero do século, talvez do milênio, que, se bem gerido, poderá erradicar a miséria do país, minizar a desigualdade social, equipar as polícias civil, militar e PF, além do exército, para aumentar a segurança do país, e investir urgentemente em educação, saúde e infra-estrutura, apesar da sangria de divisas deixadas pelas privatizações entreguistas.

    Além disso, Dilma estruturou e coordenou o PAC, que está recuperando a indústria naval e a infra-estrutura portuária, ferrovias, rodovias, saneamento básico, telefonia banda-larga, pontes, trem-bala, etc.

    Também criou e coordenou o projeto "luz para todos", que inseriu 11.milhões de famílias, e que passaram a consumir bens como geladeira, tv e demais eletrodomésticos, aumentando substancialmente a demanda e o crescimento da indústria de bens duráveis e de consumo. O crescimento da indústria de bens duráveis, segundo informações do próprio sindicato, foi de 17% em pleno ano da crise.

    O projeto "minha casa minha vida" entregará, já em 2010, 1.milhão de moradias. A indústria da construção civil está altamente aquecida e gerou 2.milhões de empregos nestes últimos 7 anos, em contraste com o período Serra/FHC, quando a construção civil teve retração, aumentando o défict habitacional e o desemprego.

    O Brasil cresceu de 2003 a 2008, antes da crise a média de 4,5%. Para que isso fosse possível, alguns estados como o Pernambuco, Goiás, Ceará e Bahia cresceram em média de 8 a 10%, alguns até 17%!!!

    Bem, mas então porque crescemos apenas 4,5%, na média? Porque alguns estados, como São Paulo, cresceram apenas 3%.

    No ano de 2009, imediatamente após a crise, o PIB do Brasil diminuiu 0,2%. Mas mesmo assim, estados como Pernambuco, Ceará, Mato Grosso, Bahia e Espírito Santo cresceram, alguns acima de 5%.

    O que houve, então? Coincidência, ou não, estados como São Paulo e Rio Grande do Sul tiveram queda de mais de 2% no PIB, por conta das orientações dadas pelos seus governantes.

    Números por números, em analogia ao futebol, prezado prof. Ricardo, seria comparar o Ibis com o teu Santos.

    Satoru

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