quinta-feira, 20 de maio de 2010

O Irã e a dilpomacia brasileira

A diplomacia brasileira deu um passo muito grande em sua linha independente ao tomar a frente das negociações com o Irã. Independentemente da minha opinião a respeito do que acontece naquele país, todas as vias negociais devem ser esgotadas antes de se tomar uma atitude extrema.
Adotar sanções contra o governo de Mahmoud Ahmadinejad teria efeitos nos cerca de 70 milhões de iranianos que têm tanta culpa nesse imbróglio diplomático tanto quanto qualquer cidadão do mundo que procura seu sustento na luta do cotidiano. Quando as grandes potências encabeçadas pelos EUA pensam na punição ao país dos aiatolás não estão se colocando no lugar de todos esses seres humanos.
Também devemos considerar os efeitos dos novos termos que os potências querem impor ao país dos aiatolás; o presidente Ahmadinejad anunciou que poderia anular totalmente as condições do acordo com brasileiros e turcos, o que seria um retrocesso nas negociações. Fico me questionando se os estadunideneses e demais nações envolvidas querem realmente a paz ou mais uma desculpa para devastar e ocupar algum território.
O maior exemplo disso é o Iraque. Os EUA invadiram o país sob o pretexto de estar fabricando armas de destruição em massa. Até hoje nada foi provado. O resultado é a constante guerra que assola o palco que já foi a Mesopotâmia. Por que repetir os mesmos erros? Quais são os interesses do gigante do norte?
Ao Brasil cabe fazer o que fez: buscar uma saída diplomática. Finalmente fomos colocados em um conflito como protagonistas e sem nos curvarmos aos "grandões". Se os termos levantados pela diplomacia brasileira foram os melhores, apenas a História poderá julgar. Porém, a busca pela paz e pelo bem-estar da população mundial é sempre o caminho a ser trilhado.

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